segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cascanço parte 3 (Carta Aberta a...)

Além da eterna guerra dos sexos, gajo que é gajo tem de admitir que ouve e segue os conselhos de alguém do sexo oposto, a srª nossa mãe... :p
Ainda à pouco tempo esta me comentava relativamente a uma relação passada. Ninguém é perfeito, eu próprio deveria ter também defeitos, que os tinha !... ao que a resposta foi simples e concisa – Sim, tenho-os, provavelmente não tão poucos quanto gostaria, mas sou o primeiro admiti-los, se caso disso mostrá-los antes destes serem descobertos, sou o que está à vista... ao que me remete a uma resposta directa (quase com o titulo de contra-ofensiva) ao post ( http://qualatuaman.blogspot.com/2009/10/em-resposta-ao-gene-perfeito.html )

Ladies and gentlemen, não há genes perfeitos, c’est vrai..., nem as pessoas ideais dão reacções ou casamentos perfeitos, tudo tem de ser construído de forma coerente, com a mesma força, com vontade semelhante. Se a palavra simbiose faz sentido algures, é na construção da base da relação, e não ficando apenas pela base, mas em todo o seguimento da mesma... crise dos 7 anos??, venha ela... estamos cá para dar cabo dela dir-se-á (ou devia).

Falando um pouco de relações duradouras. “Comprimento de onda” das mesmas, tudo passa na minha opinião pela “intensidade da frequência” com que estamos sintonizados... para durar, tem de ser sem duvida alguma, de entrega incondicional, de forma igual... racional? Depende do significado que damos à palavra racional neste tema.
Por experiência própria posso dizer que enquanto a entrega é idêntica, sem medos, sem receios, sem segredos, sem orgulhos, existem condições para seja o que for sobreviver, se bem que ao fim de ter já passado por uma, tudo isto resulta, mas com a tal pessoa. Acredito piamente em alma gémea, talvez não dito de uma forma tão romântica mas, alguém para quem olhemos e olhe para nós, e permita-nos mudar os defeitos que nós reconhecemos que tenhamos, tal como vice-versa, sempre de forma igual, sem que em qualquer momento seja considerada ofensa a tentativa de mudança, porque a base de tudo é, ninguém tem o direito de mudar alguém, na minha opinião inclusive, “vergar” é sinonimo de fraqueza, mas acredito que tal é possível ser feito de uma forma solene, pacifica e para bem de próprio. Respeito !
Tenho em querer que quando uma relação longa não sobrevive (referida como fase da guilhotina) é porque a base não será estável o suficiente, se a base for solida mas confortável para que esteja susceptível a eventuais quedas, as pequenas discussões ou qui pour quoi são facilmente absorvidos e acabam por fazer também parte dos alicerces, nunca de afiadas arestas à espera de deferir um golpe, como quando a crise dos 7 anos, dos 7 meses, whatever, a qualquer momento...

Descendo de um casamento longo, ausente na totalidade de qq tipo de discussão (talvez arrufo (como lhe chamo) teria eu 6 anos, sanado em 15m após 2 ou 3 palavras proferidas e rapidamente apagadas m's depois), acredito piamente que quando existe entrega total de ambas as partes, é possível ainda nos dias de hoje, existirem noites de gaijas, noites de gaijos, sobreviver sem discussão às alturas menos felizes, alturas de euforia e ao contrário do referido no post, é possível quando a base é sólida !!. Nunca esquecer, tudo o que há em abuso, cai no exagero... e a bem de que quando tudo está bem, existem outros momentos para coadunar esses exageros, de forma a darmos ainda mais valor às wild nights, ou à co-existência como casal.

À razão de Liberdade, qual a definição de liberdade? Somos nós que fazemos a liberdade e que nos devemos sentir livres face aos parâmetros necessários para existir ou não existir uma relação? Compreendo em parte o ponto de vista, a minha noção actual de liberdade passa simplesmente por não manter nenhuma relação e ponto, talvez algo surja, me agarre pelos colarinhos e me esbofeteie, não posso simplesmente dizer que desta água não beberei, mas tenho plena consciência que o facto de manter hipoteticamente a relação certa, com a pessoa certa, o sentimento de liberdade não desaparece... te/vos garanto que quanto mais se fecha uma mão cheia de areia, mais esta nos escapa por entre os dedos, ou a bem que a liberdade realmente existe e sentimos liberdade, ou esta nos escapa pelos dedos, ou escapamos a quem nos nega essa mesma liberdade.

Acredito que as duvidas com a pessoa certa não existem... se existem ao fim de algum tempo, simplesmente não deverá ser realmente a pessoa certa, talvez apenas a menos incerta que estava “disponível”... Mais: as tarefas que referes, actualmente já não vos chegam... confesssaaaaaaaaa !!! Se não for isso, e o outro, e ainda aquilo, há-de haver algo...

Não querendo virar as coisas demasiado para mim, tento minimizar uma frase que me chocou. De uma forma generalizada... se bem que de forma a executar uma defesa plausível, tenho de recorrer a exemplos pessoais, nem todos os homens reagem assim, tenho de defender os da minha espécie. Este que te responde por exemplo tem 2 afilhados (1 e 1ª)... porque será? Porque faz cara de nojo? Não me parece, no entanto poss dizer que não me vejo ser pai com ninguém que conheça actualmente, antes de pensar nisso existem N outros estágios que qualquer homem tem de ver ultrapassados, antes de conseguir pensar em criar uma vida, segurança, bem estar, conforto, carinho... acima de tudo algo que um “progenitor” em condições tem em mente é, não querer lesar uma cria, por causa de uma má opção dos progenitores, falando de mim... ser pai em part-time seria algo totalmente inviável. E se não conheces ninguém do sexo feminino que pense da forma como exemplificaste, tenho a dizer, provavelmente conheces as pessoas certas :)

Relativamente ao oscilar e concordar que referi no comment ao post..., 1º paragrafo é usada a dura palavra, acusar... no final do penúltimo paragrafo, leio o reconhecimento, na ultima palavra do post é possível ler, Inevitável... claras concordancias com o referido post que se encontra sobre "acusação".

Ah, e gostei da breve passagem pelo tema TPM, que tanto remetem para não uma “instabilidade” emocional, mas algo que não entendemos... a palavra aturar surge em virtude de? ;), acreditem que por vezes são vcs próprias que deixam que o estigma se apodere de vós... poderia dar o exemplo recente de um caso que uma semana antes já avisava – Eh pa desculpa mas é que... daqui a uma semana estou com o TPM... e o outro lado olha, tinha simplesmente de se mentalizar e ponto, ou isso ou fugir :) mas, não vou usar o exemplo.
Concordancia cherries concordancia serão as palavras a usar :)

4 comentários:

  1. Quando é que escreves um post com o resumo deste post?
    Isto é tudo muito complexo para mim. Acho que um dia, quando finalmente fizer os 18 anos (mentais), vou ser capaz de perceber.

    "Comprimento de onda" e "intensidade de frequência"? Andaste a tirar um curso de física aplicado a relações humanas nos tempos livres?

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  2. Devo dizer que concordo plenamente contigo =) as vezes caio na sátira das minhas conversas, mas é a minha faceta de não gostar de levar as coisas a um extremo demasiado...serio. Também acredito na alma gémea, e nem por isso esta alma gémea tem de ser o encaixe perfeito de uma meia laranja, obviamente há arestas que precisas ser limadas e que cada vez mais, menos gente esta disposta a dar-se esse trabalho. Uma relação é um trabalho árduo que se constrói com o tempo ou que o mesmo tempo pode destruir depende da força da mesma, da veracidade da mesma, e essa veracidade esta no sentimento, na vontade de superar barreiras que por vezes nos parecem intangíveis mas que uma vez ultrapassamos achamos valer a pena cada esforço, nem todos podem saborear essa vitoria,porque muitas vezes é mais fácil virar as costas.

    Que é a final a liberdade? boa pergunta, a minha liberdade está sobretudo na minha mente e não nos meus actos, confesso ser daquelas pessoas que se sente que de alguma maneira esta a ser "presa" a um determinado padrão de sentimentos entro em pânico e armo-me em Obiquelo. Coisas como " ate podes ir mas se me amas ficas comigo" só um exemplo...há amores livres assim como há amores que nos prendem...a fronteira é muito ténue quase invisível...o segredo fundamental está no respeito, em querer a pessoa como ela é e respeita-la dessa maneira. Não quero com isto dizer q não haja cedências, duas pessoas tem de se moldar para partilharem coisas, mas moldarem-se não é mudarem-se porque corremos o risco de encontrar-mo-nos com uma pessoa completamente diferente a que conhecemos, e pior, perder a nossa essência, aquilo que nos torna únicos de alguma forma "apetecíveis"

    ps: concordo na versão resumida do texto.

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  3. Já agora, tenho um novo post...e aproveito pa dizer que Espanha merece estar onde esta jejeje ( meu pais natal) nunca fales de futebol religião ou politica com um desconhecido...podes sair-te mal jajaj ;) comigo é na boa

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  4. Santa cubalibre! Vocês escrevem mesmo pouco!
    Já diz a máxima: "A minha liberdade termina onde começa a dos outros", por isso não há nada mais libertador como ter um machado à mão...

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